segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O compromisso do Brasil para Copenhague

14/11/2009 - 13h54
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UE elogia compromisso do Brasil em favor do clima
da France Presse, em Bruxelas (Bélgica)
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O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, elogiou neste sábado (14) o compromisso do Brasil de reduzir em aproximadamente 40% suas emissões de gases causadores do efeito estufa até 2020 em relação às previsões.
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"Com esta decisão, o Brasil passa a ser um dos primeiros grandes países emergentes a fazer esta promessa", comemorou Barroso, citado em um comunicado.
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"Esta é potencialmente uma etapa decisiva para conseguir um acordo global em Copenhague em dezembro, e para ter sucesso na luta contra a mudança climática", acrescentou.
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O governo brasileiro anunciou nesta sexta-feira (13) que expressaria, durante a Cúpula sobre o clima de Copenhague, em dezembro, "o compromisso voluntário" de reduzir até 39% suas emissões de gases causadores do efeito estufa, dentro das previsões de 2020.
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O Brasil calcula que, se nada for feito, o país emitirá 2,7 bilhões de toneladas de gás em 2020.
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Em Copenhague, o Brasil se comprometerá a limitar suas emissões em 1,6 bilhão de toneladas em 2020, ou seja, menos que os 2,1 bilhões de toneladas emitidas em 2005 e perto do 1,5 bilhão de toneladas produzidas em 1994.
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O Brasil é considerado o quinto emissor mundial de gás causador do efeito estufa que provoca o aquecimento global, em especial pelo desmatamento da selva amazônica, a mais extensa floresta tropical do planeta.
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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Prefeito Heródoto: Nova Friburgo é um Parque

Heródoto Bento de Mello - Prefeito de Nova Friburgo, RJ
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Nova Friburgo é um Parque de 1000 km quadrados coberto de montanhas de até 2300 metros de altitude, florestas ainda virgens, matas vigorosas, ricas em biodiversidade, vales extensos, rios de águas límpidas, cachoeiras; milhões de pássaros e animais escondidos nas suas selvas, peixes povoando os seus rios, é um parque onde convivem com toda essa natureza, 200.000 pessoas, 170.000 na cidade e 30.000 distribuídas por toda aquela área, gente aportada pela inusitada colonização suíça e alemã e povoada por todas aqueles que, nos últimos 200 anos, se embrenharam por esse chão em busca do trabalho ou apaixonados por suas belezas e seu clima.
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Nova Friburgo é um Parque habitado, de 1000 km quadrados, com apenas 4% de área urbana, ou seja, apenas 40 km quadrados ocupados.
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Nova Friburgo é um Parque, que tem dentro uma cidade e pequenas povoações esparsas, Parque em que todas as áreas povoadas, mesmo a Cidade, se misturam com a natureza que as invade.
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Nova Friburgo não nasceu e cresceu sob a mesma tradição histórica das cidades brasileiras. Foi fundada por D. João VI, não como um ponto de início de ocupação, mas como uma grande área, a “Fazenda do Morro Queimado” que foi destinada a ser uma Colônia, mata virgem de índios selvagens a ser desbravada. Os pioneiros não se contentaram com a Fazenda, subiram as montanhas, ocuparam os vales, desceram os rios, procuraram melhores terras, alargaram os nossos limites e marcaram o nosso chão de hoje. Ainda hoje encontramos radicados a 40 e a 50 km da sede, preservados, os colonos daqueles tempos. Foi a grande luta entre o chão, a floresta e o homem. As montanhas se levantaram, a floresta resistiu e o homem se conteve. Nem todo o esforço dos pioneiros conseguiu abater tanta riqueza. As árvores guardaram os seus refúgios, e os rios, as suas águas. Isso se deu não somente nos idos dos anos 1818, mas ao longo destes 200 anos de colonização.
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No ato de 16 de maio de 1818, o Rei D. João VI, na Fazenda do Morro Queimado, estabeleceu a Colônia. A vila de Nova Friburgo, como núcleo básico, foi definida por ato real somente no dia 3 de janeiro de 1820. Temos que acordar que nessa data se deu, de verdade, apenas, o reconhecimento oficial da Vila, sede da Colônia, que já estava há dois anos estabelecida na Fazenda do Morro Queimado. Em 1819 e 1820 Sebastião Gachet lhe deu habitantes. Em 1820, o Rei criou a sede do Parque, a Vila de Nova Friburgo. O Parque veio antes da Vila, construída para receber os colonos. Portanto, o que foi estabelecido primeiro pelo Rei foi a Colônia e a Colônia era a Fazenda do Morro Queimado, uma imensa floresta que deu origem ao Parque.
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O homem invadiu o Parque, desbravou-o, plantou, construiu vilas e uma grande cidade, mas o Parque resistiu e, hoje, pela inteligência dos filhos daquela gente, luta para ser reconhecido, admirado e desfrutado, é verdade, luta para ser preservado. A natureza e o homem querem conviver em harmonia.
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A Cidade cresceu, acolheu novas gentes, o homem procurou espaços. Quer viver, criar os filhos, quer enriquecer, quer o desenvolvimento. Esse desenvolvimento tem que ser governado. Esse desenvolvimento deve ser sustentável, promover o progresso, um progresso a serviço da natureza e, ao mesmo tempo, servindo-se dela. Esse é o grande desafio que nos é proposto.
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Nós somos privilegiados. Nós vivemos dentro de um Parque.
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Em primeiro lugar queremos ser reconhecidos como um Parque. Essa é uma idéia inovadora no Brasil. Pela primeira vez se propõe esse conceito. Considerar um Município inteiro como um parque, um parque no qual o Prefeito é o seu gestor e também o administrador das áreas urbanas, do desenvolvimento sustentável, da sua vida econômica e social.
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Em Nova Friburgo cabe ao Prefeito governar um Parque que acolhe uma Cidade, Vilas e povoamentos esparsos. gerenciar a Cidade como uma parte do Parque e não, um Parque como um adjetivo da cidade. É a Cidade que deve ser o adjetivo da Parque, o refugio da sua gente. O Parque é o substantivo. Voltando nos séculos, a Cidade deve ser a nossa taba, o nosso abrigo. O Parque, a Natureza, deve ser a nossa vida!
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Promover a harmonia espiritual ecológica entre o homem e a natureza será o grande desafio a que o Parque de Nova Friburgo se propõe.
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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Área no litoral do Paraná antes devastada já tem onças-pardas

03.11.09


 

Uma década depois do começo do primeiro projeto de sequestro de carbono do Brasil, organizado pela SPVS (Sociedade para a Proteção da Vida Selvagem), instalado no litoral norte do Paraná, os 1.500 hectares que eram pasto viraram densa vegetação.

Mesmo jovem, a mata já apresenta árvores, como a guaricica, típica da mata atlântica, com cerca de dez metros de altura. Tatus, queixadas (uma espécie de porco-do-mato), veados e pássaros aproveitam a nova vegetação para estender seus habitats para dentro da floresta regenerada.

No passado, sem obstáculos pela frente, era possível ver no horizonte a cadeia de montanhas que forma a Serra do Mar, fronteira natural entre a costa do Paraná e as regiões de planalto do Estado.

A vegetação formada na copa das árvores já é capaz de controlar a entrada da luz do sol até o chão. Com a ajuda do solo úmido, resultado das últimas chuvas, o calor não é tão forte.

Todos os 18 mil hectares são cortados por 270 quilômetros de trilhas, por onde circulam guardas e especialistas que verificam a presença de animais e o desenvolvimento da floresta.

Com a vegetação predominante, onças-pardas - que, no passado, só eram vistas próximo as montanhas da Serra do Mar - passaram a ser notadas com mais frequência circulando próximo aos alojamentos das áreas regeneradas.

Uma estimativa extraoficial feita em só uma parte do local diz que existem pelo menos sete espécies adultas circulando.

O guarda-parque João Pontes conta que, ao fazer uma ronda de rotina perto de um riacho, deu de cara com uma onça-parda adulta. Pontes relata que, com medo, tentou espantá-la com gritos e fazendo gestos agressivos com as mãos, sem sucesso.

"O bicho só saiu correndo depois que eu imitei um cachorro", afirma o funcionário, para riso dos demais companheiros de trabalho.


 

Fonte: WWW.ambientebrasil.com.br