quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Assembleia Geral Ordinária da Agenda 21 Local de Nova Friburgo - 11/08/2014

Assembleia Geral Ordinária: 11/08/2014
Local: Av. Alberto Braune, 225, térreo – Salão Azul da PMNF

reunião foi realizada com a presença de diversos representantes de órgãos públicos, privados e da sociedade civil organizada de Nova Friburgo e teve início com a palestra “Consumo Sustentável – comportamento de consumo e práticas ambientalmente sustentáveis” (ministrante: Patrícia Gouvêa). O assunto foi abordado tendo como foco alguns exemplos de atitudes simples e eficientes de controle do consumo e reaproveitamento e/ou reutilização de materiais. Em seguida houve uma roda de conversa com a exposição de experiências e sugestão de ideias a serem desenvolvidas no município. Para isso foi criado um Grupo de Trabalho (GT) com os representantes presentes a fim de discutir o tema e programar ações a serem implementadas no futuro.

A assembleia seguiu com o breve relato das atividades recentes dos Grupos de Trabalho (GTs) e a definição dos próximos encontros dos mesmos. Houve também a divulgação e discussão de assuntos e informes gerais da Agenda 21 Local.

Por fim, a presença do CECNA foi reconhecida e comemorada. Ficou decidido que a atuação da ONG no Fórum se dará pela participação em um ou mais GTs a ser escolhido (s) a partir dos interesses da mesma.

Matheus Asth
Representante do CECNA

Fórum da Agenda 21 Local Nova Friburgo

CECNA na gestão ambiental pública participativa

Desde que os instrumentos de gestão participativa no Brasil começaram a se estabelecer, o CECNA tem atuado nos que possuem a temática ambiental no município de Nova Friburgo e região, como os comitês de bacia hidrográfica, os conselhos consultivos de unidade de conservação, processos elaborativos de planos diretores municipais, Agendas 21, entre outros.

Nessa nova fase da instituição, continuamos a participar desses fóruns, que são importantes instrumentos da democracia, e nossos representantes têm a orientação de contribuir criativa e efetivamente com soluções para as demandas ambientais em diferentes setores da sociedade apresentadas nessas assembleias.


Como contribuição ao estudo do tema de uma forma mais geral, disponibilizamos um artigo intitulado "Sociedade Civil e Participação: A Influência das ONGs na Democracia Brasileira"Clique aqui para ter acesso ao mesmo.

E você também pode participar! Entre em contato conosco pelo email cecna.ong@gmail.com e saiba como você também pode ter voz para ajudar na construção de uma sociedade ambientalmente justa!

Por fim, nos links abaixo, você poderá acompanhar a participação dos nossos representantes nos fóruns dos quais participamos:


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Parar de comer carne pode reduzir a seu impacto ambiental mais do que parar de dirigir

Entre as disparidades econômicas generalizadas, o crescimento da população, a agricultura não sustentável e as mudanças climáticas, um estudo parcialmente financiado pela Nasa previu que a civilização como a conhecemos pode estar em direção firme ao colapso no próximo século – e a janela de oportunidade para adotar uma mudança de impacto está diminuindo. Isso significa que a geração do século 21 é potencialmente a última geração durante a qual criar uma mudança significativa é possível. Mas como obter isso?

É hora de começar uma revolução alimentar.

A geração do século 21, os “millennials” representam 200 bilhões de dólares em valor econômico, e se a maioria da nossa geração se tornar vegetariana ou vegan, ou ao menos comer uma quantidade considerável menor de carne do que as gerações anteriores, temos a chance de produzir um verdadeiro impacto econômico -- e, portanto, ambiental.

Em 2012, havia cerca de 70 bilhões de animais de abate para 7,1 bilhões de pessoas (links em inglês). E um estudo publicado em julho pela revista Proceedings of the National Academy of Science mostra que a produção de gado é uma das forças mais destrutivas por trás das mudanças climáticas: ela degrada a qualidade do ar, polui cursos de água, e ocupa a maior quantidade de terras.

Precisamente quanto o gado contribui para a mudança climática continua em debate: estudos mostram números que variam de 18% (um relatório de 2006 sobre alimentos das Nações Unidas) até 51% (um estudo da World Watch de 2009). A maioria dos outros estudos está em algum lugar nesse intervalo, mas, em cada um deles, o conselho é o mesmo: o ser humano precisa comer menos carne para frear a mudança climática e a escassez de recursos.


Criar animais para comer produz mais gases do efeito estufa (via metano e óxido nitroso) do que todo o dióxido de carbono expelido por automóveis, barcos, aviões e trens do mundo. Ao longo de um período de 20 anos, o metano tem 86 vezes mais potencial de mudança climática do que o dióxido de carbono, enquanto o mesmo número para o óxido nitroso é de 268 vezes, de acordo com um relatório da ONU de 2006. Reduzir radicalmente a quantidade de metano e de óxido nitroso na atmosfera pode produzir mudanças perceptíveis no efeito estufa dentro de décadas, enquanto as mesmas reduções de dióxido de carbono tomariam quase um século.

Sim, desistir de carne pode reduzir a sua pegada de carbono bem mais do que parar de dirigir.

Além do metano e o óxido nitroso liberados durante a produção, o gado industrializado contribui em cerca de 75% para o desmatamento (necessário para dar aos animais terra para pastar e plantar soja utilizada na sua alimentação).

Criar vacas, claro, tem o maior impacto ambiental. Há cerca de 1,5 bilhão de vacas no mundo. Elas consomem 170 bilhões de litros de água e 61 bilhões de quilos de comida todos os dias, de acordo com o documentário Cowspiracy. Em comparação, cerca de 7,1 bilhões de seres humanos consomem 19,2 bilhões de litros de água e 9,5 bilhões de quilos de alimentos por dia. Para colocar isto em termos fáceis de digerir, produzir a carne para um hambúrguer de 150 gramas consome algo como 67 mil litros de água, dependendo do tipo de criação do gado, de acordo com o governo dos Estados Unidos.

Em comparação com as galinhas e os porcos, as vacas precisam de 28 vezes mais terras, 11 vezes mais água e causam cinco vezes mais gases de efeito estufa, segundo um estudo liderado por Gidon Eshel, do Bard College. Olhando para os alimentos comumente encontrados em dietas vegetarianas e veganas, como batatas, arroz e trigo, este trabalho conclui que, por caloria de carne bovina, as vacas precisam de 160 vezes mais terra e produzem 11 vezes mais gases de efeito estufa.

É ridícula a quantidade de recursos necessários - e sacrificados - para criar gado; precisamos simplesmente parar de criar tantos animais para abate. Você pode adotar todos os tipos de outros pequenos passos para reduzir seu impacto ambiental: ir para o trabalho de bicicleta ou a pé, reduzir o uso de energia elétrica através de aparelhos mais eficientes, usar menos água através de torneiras e vasos sanitários de baixo fluxo, comprar de empresas ambientalmente conscientes - mas os pesquisadores afirmam que nada disso sozinho será suficiente para reverter a mudança climática. Se você realmente quer fazer diferença, então, preste atenção para o que está no seu prato.

Como disse Albert Einstein: "Nada irá beneficiar tanto a saúde humana e aumentar as chances de sobrevivência da vida na Terra quanto a evolução para uma dieta vegetariana". Se você não está disposto a se tornar vegetariano ou vegan, apenas reduzir de forma considerável a quantidade de carne em sua dieta pode ter impacto: por exemplo, em vez de aderir à "segunda-feira sem carne", adote a "segundas-feiras carnívoras", caso em que a segunda-feira é o único dia que você come até mesmo uma porção pequena de carne.

Adiar esta mudança por mais uma geração – como nossos pais vêm fazendo -- simplesmente não é viável. A geração do século 21 tem a oportunidade de usar seu poder econômico e escolhas pessoais para promover mudança de verdade, e é nossa responsabilidade fazê-lo.

Além disso, se não pararmos e revertermos as mudanças climáticas, tudo o que restará para comer - se tivermos sorte - é peixe. Ooops, parece que estamos ficando sem peixe também.

*Esse artigo é publicado em parceria com a Guardian Environment Network, da qual ((o))eco faz parte. A versão original (em inglês) foi publicada no site do Guardian. Tradução de Eduardo Pegurier


Fonte: o Eco

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Unidades de Conservação e o setor privado: ideias para o próximo governo

Unidades de conservação são o melhor instrumento para a conservação da biodiversidade e serviços ambientais no largo prazo. Graças a elas espécies ameaçadas escaparam da extinção; recursos genéticos foram preservados e resultaram em descobertas científicas importantes para a medicina, a agricultura e processos industriais; recursos hídricos que abastecem cidades e hidrelétricas, bem como gigantescos estoques de carbono que regulam o clima têm sido mantidos; e muitas economias regionais floresceram graças ao turismo.

Entretanto, no Brasil, as unidades de conservação (UCs) ainda são vistas como um entrave ou estorvo ao "progresso". Além do gritante desinteresse em expandir a rede de unidades de proteção integral evidenciado durante o último governo (ao contrário, houve mesmo significativa exclusão de milhares de hectares do sistema), as unidades de conservação têm sofrido com crônica falta de pessoal e de recursos financeiros. As desculpas para que o governo federal não cumpra seu dever são variadas, mas podem ser bem resumidas em falta de verbas e clara incapacidade administrativa, o que foi evidente no fiasco dos chamados "parques da copa".

Existem algumas (poucas) iniciativas de conceder a exploração turística de UCs à iniciativa privada, como acontece nos parques nacionais do Iguaçu e Fernando de Noronha, modelo também adotado em algumas áreas estaduais. No entanto, o foco só na exploração turística nem sempre resolve problemas sérios da gestão das áreas, particularmente no que se refere à proteção das mesmas. Por exemplo, embora o Iguaçu seja a UC federal com maior arrecadação e tenha infraestrutura de visitação digna de um parque temático da Flórida, espécies icônicas, como as onças-pintadas, estão com suas populações em franco declínio, enquanto outras foram extintas porque o Estado falhou na proteção e manejo.

As UCs repetem uma tendência nacional onde aeroportos, rodovias e portos geridos pelo Estado funcionam com padrões abaixo daquilo que o público necessita. Como ocorre naqueles e outros casos, uma opção para garantir um melhor cenário é o envolvimento do setor privado no desenvolvimento e proteção de UCs. Não há novidade alguma nisso. Países como Quênia, Tanzânia, Botswana, Zâmbia e África do Sul há décadas realizam concessões de terras públicas, incluindo em parques, para o desenvolvimento de atividades turísticas por empresas privadas especializadas. E há casos de concessões integrais de UCs, como o da African Parks, que maneja sete parques em seis diferentes países (veja adiante).

O turismo pode sustentar o manejo e a proteção de algumas áreas, mas certamente não de todas. Por exemplo, quem e quantos iriam à Reserva Biológica do Gurupi, mesmo se ela fosse aberta à visitação? Outros mecanismos são necessários para que recursos da iniciativa privada sejam direcionados às UCs sem perfil turístico. Os mercados de serviços ambientais, especialmente o mercado de carbono, são uma opção viável para isso.


Mercados de carbono, ainda que voluntários e baseados em princípios de responsabilidade social corporativa, já são uma realidade, sendo reportadas em 2012 a comercialização de 28 milhões de toneladas de carbono (MtCO2e) em créditos gerados por projetos de conservação de florestas num total de US$216 milhões conforme relatório do Ecosystem Marketplace. Claramente, projetos de REDD+ em UCs podem trazer oportunidades ímpares para combinar a efetiva proteção dos ecossistemas, programas sociais e rentabilidade financeira para UCs e investidores, não apenas em parques e reservas biológicas, mas também em florestas nacionais, que hoje são apenas objeto de extração madeireira de sustentabilidade ecológica cada vez mais discutível cientificamente.

Alguns países já criaram mecanismos que permitem o envolvimento do setor privado na conservação. Aqui mostramos dois exemplos:

Peru: contratos de administração

Nosso vizinho Peru tem uma legislação ambiental bastante sofisticada, com diversos instrumentos que nos faltam. Estes incluem concessões de terras públicas para fins de conservação, que podem funcionar de maneira ao modelo indonésio, que veremos adiante, e os contratos de administração de áreas naturais protegidas.

Lá o SERNANP, instituição peruana equivalente ao nosso ICMBio, pode encarregar uma organização sem fins lucrativos de executar o plano de manejo de uma unidade de conservação, o que pode implicar a administração total da área. Neste caso o concessionário pode, por exemplo, contratar guardas-parque que têm sua autoridade de polícia reconhecida pelo governo. Também há a possibilidade do contratado assumir apenas parte das operações, como turismo ou pesquisa, sem necessitar ter poder de polícia e assumir a responsabilidade pela proteção.

Esses contratos são assinados com entidades nacionais que, em geral, tomam a iniciativa de manifestar o interesse em gerir uma área e submetem seus planos de trabalho ao SERNANP. Os contratos podem durar 20 anos e ser renovados, garantindo ao contratado os direitos de comercialização de serviços ambientais, incluindo o sequestro de carbono, para a geração de recursos que serão aplicados nas áreas.

Atualmente há cinco unidades de conservação sob contratos de administração no Peru, destacando-se os casos do Parque Nacional Cordillera Azul (1,3 milhão de ha) manejado pelo CIMA e do Bosque de Proteccíon Alto Mayo (182 mil ha) sob gestão da Conservação Internacional (CI), sendo que este último, recentemente ganhou mídia ao vender créditos de carbono à Disney, dos Estados Unidos.

Uma limitação deste instrumento é que, até o momento, contratos só foram assinados com entidades sem finalidade de lucro, o que limita as possibilidades de atrair investidores. Essa barreira, idiossincrática, pode e tende a ser facilmente eliminada, no Peru ou em qualquer lugar. Por que não no Brasil?

Indonésia: concessões para restauração de ecossistemas

As terras na Indonésia são, basicamente, propriedade do governo, que as cede em concessões de duração variada a entidades privadas em troca do pagamento de taxas. Esse é um modelo bastante consolidado em projetos de exploração madeireira similares aos implantados no Brasil e segue um marco legal análogo.

Uma modalidade de concessão indonésia é a "concessão para restauração de ecossistemas". Criadas em 2004, estas são concedidas em terras públicas classificadas como "florestas de produção" que, na maioria, tiveram o potencial econômico de seu estoque madeireiro esgotado, mas mantém a capacidade de regeneração natural e atributos importantes de biodiversidade. Estas concessões são outorgadas a empresas nacionais por períodos de até 100 anos (60 iniciais, renováveis por mais 40 anos) em troca do pagamento de licenças. O ponto importante é que o concessionário tem o direito de comercializar produtos florestais não madeiráveis e serviços ecossistêmicos como a proteção da biodiversidade, turismo, água e sequestro de carbono. Isso permite a geração de renda para a proteção e o manejo da área, que geram empregos locais e a remuneração dos investidores.

Um exemplo deste modelo é o Projeto Katingan, em Kalimantan Central, na ilha de Bornéu, que protege florestas que crescem sobre turfeiras onde vivem espécies ameaçadas como orangotangos. Uma das premissas básicas do projeto é o trabalho junto às comunidades que vivem no entorno, onde são contratados os trabalhadores do projeto, junto às quais são desenvolvidos iniciativas de estímulo a atividades econômicas sustentáveis.

"Como a remuneração dos investidores e das próprias comunidades depende da efetiva proteção da floresta para o aumento dos estoques de carbono da área, a razão para a proteção das florestas é facilmente entendida e assimilada como estímulo."

Como a remuneração dos investidores e das próprias comunidades depende da efetiva proteção da floresta para o aumento dos estoques de carbono da área, a razão para a proteção das florestas é facilmente entendida e assimilada como estímulo. O modelo de Katingan, que recebe considerável cobertura pela mídia é outro exemplo de mitigação de mudanças climáticas, conservação de biodiversidade e geração de renda local capitaneado pelo setor privado. De novo: por que não no Brasil?

Marcos legais que permitem a concessão de áreas protegidas a terceiros dando a estes poderes para protegê-las e manejá-las, além de também para buscar fundos, quer de doações como de investimentos via mercados (serviços ambientais, turismo, água, carbono, etc) permitiram o surgimento de entidades como a African Parks, já mencionada, e que maneja com sucesso sete parques nacionais em seis distintos países, nenhum deles considerado fácil por qualquer pessoa de mínima leitura e atualização geopolítica.

Congo-Brazzaville, Congo-Kinshasa, Chad, Zambia, Malawi e Rwanda, têm problemas bem mais graves que o Brasil, incluindo criminosos que dispõem de equipamento militar para matar elefantes e rinocerontes para o comércio de marfim e "chifres". Apesar disso a African Parks desenvolve projetos exemplares. Um modelo de conservação no continente, combinando turismo de alto nível, geração de renda e trabalhos sociais junto às comunidades e sistemas de proteção altamente profissionais, a African Parks pretende construir um portfolio de 20 áreas e 10 milhões de hectares. Por que não no Brasil?

O Brasil, infelizmente, não possui um marco legal que permita o desenvolvimento de projetos como os descritos. A Lei de Concessões Florestais, que poderia ser usada em algumas áreas, equivocadamente incluiu um artigo que proíbe, explicitamente, o desenvolvimento de projetos de carbono pelos concessionários. Isso resulta na situação paradoxal de que árvores são cortadas, de maneira cientificamente considerada insustentável, mesmo se for mais rentável mantê-las vivas, em pé, gerando benefícios ambientais e efetivo pagamento por estes serviços.

Não é novidade que dependemos de ecossistemas funcionais e que precisamos conservar extensas áreas geográficas para o suprimento dos serviços ecossistêmicos. A novidade é que a nova economia dos serviços ambientais abre a perspectiva de a conservação se tornar uma atividade econômica rentável, da mesma forma que outras que estão destruindo os ecossistemas dos quais dependemos.

Isso muda totalmente a forma como a conservação pode funcionar. De uma atividade mendicante, baseada na filantropia e na boa vontade governamental, ela precisa e pode se tornar um negócio. Para isso é necessário o engajamento do setor privado, o que demanda não apenas uma mudança da atual postura estatista que prefere ver áreas destruídas a vê-las geridas pela iniciativa privada, como também marcos legais que pavimentem esse caminho, como já fizeram outros países.

Um caminho para isso são as parcerias público-privadas (PPPs), já celebradas para viabilizar obras de infraestrutura e que também podem viabilizar a conservação da infraestrutura natural da qual dependemos. Em outras palavras, o conceito existe e o mapa de rota está definido.


É duro ver a sétima economia do mundo com parques muito pior geridos que aqueles de países com problemas muito maiores e orçamentos muito menores. Isso pode mudar, mas é preciso querer, e fazer!

Por Fabio Olmos e Miguel Milano
Fonte: O Eco

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Caminhantes do Anda Friburgo visitam Núcleo do CECNA no Circuito Três Picos em 03.08.2014

No dia 03 de agosto de 2014 foi realizado mais um evento do projeto Anda Friburgo (veja mais detalhes do projeto clicando aqui). Dessa vez o trajeto percorrido pelos caminhantes foi o Circuito Três Picos, na região conhecida como Salinas, no distrito de Campo do Coelho, em Nova Friburgo, RJ.

Esse ano a grande novidade do percurso foi a parada no Núcleo de Atividades Ambientais CECNA - Três Picos. O CECNA é um dos patrocinadores e parceiros do Anda Friburgo, realizado pela Empresa de Turismo Receptivo - ETR, e um dos objetivos é promover o ecoturismo para atrair visibilidade e investimentos para a proteção do meio ambiente da região, além de pessoas interessadas em participar dos projetos desenvolvidos pela instituição.

Quando os caminhantes, em um grupo de aproximadamente cem pessoas, chegaram ao núcleo, foram distribuídos folders e números para sorteio de brindes, como camisetas, mapas do Parque Estadual dos Três Picos, canetas, garrafinhas de água e também uma cesta de produtos orgânicos produzidos no Sítio Três Irmãos, vizinho ao núcleo. Além disso foi oferecido chopp artesanal produzido no Refúgio Três Picos, o qual os visitantes também puderam conhecer como opção para hospedagem quando voltarem um dia para curtir mais os Três Picos. Havia também mel produzido por um produtor local para venda, incentivando o comércio de produtos artesanais da região.

Abaixo segue uma seleção de fotos do dia e o convite para todos visitarem o Núcleo CECNA - Três Picos e se hospedarem no Refúgio Três Picos. Para mais informações basta enviar um email para cecna.ong@gmail.com




























segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Caminhada é a atividade física preferida dos brasileiros

Quando o brasileiro resolve abandonar a vida sedentária, nada supera a escolha pela caminhada. É essa a atividade mais praticada pelos brasileiros, segundo um estudo realizado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens – USP).


Um novo estudo revelou alguns dados interessantes sobre o perfil da população ativa. A pesquisa foi realizada entre 2006 e 2012 com moradores de todas as capitais brasileiras, por meio de entrevistas feitas pelo Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde.

A conclusão é que 18,1% dos entrevistados elegeram a caminhada como principal atividade. Em segundo lugar, ficou a musculação e ginástica com 11,2%. Já para 7,2%, a prática do futebol foi eleita como uma maneira de se exercitar e a corrida é a opção de 3,1%.

A bicicleta é a escolha de 2% dos entrevistados. Outras atividades, como natação e hidroginástica, também foram citadas, porém não ganharam destaque pelo baixo percentual. “A estagnação do ciclismo nas capitais pode ser associada à escassez de áreas seguras para o uso da bicicleta”, explica o professor Rafael Moreira Claro, do Departamento de Nutrição da Escola de Enfermagem da UFMG (EEUFMG), um dos autores do estudo.

Para ele, é preciso preservar na cidade uma boa infraestrutura para a prática de exercícios. “O grande número de pessoas que fazem da caminhada e da corrida suas atividades físicas (mais de um quinto da população) destaca a importância da manutenção das condições adequadas para a realização dessa atividade nas grandes cidades, como a conservação de calçadas, parques e praças”.

Também participaram do estudo, os pesquisadores da USP, Thiago Hérick de Sá e Leandro Martin Totaro Garcia. Confira o estudo aqui.


Redação CicloVivo