O CECNA conta com a parceria do
Refúgio Três Picos, que possui uma ótima estrutura para receber montanhistas e
caminhantes da região e na qual funciona também a sede do Núcleo de
Atividades Ambientais CECNA – Três Picos. Veja abaixo um relato, retirado do
site www.trekkingbrasil.com, de um grupo de caminhantes que foi conhecer Três
Picos e se hospedou no Refúgio.
Mapa de acesso ao Núcleo. Clique nele para ampliar. Se ainda estiver pequeno, baixe em formato PDF ou PNG
Para se hospedar no Refúgio entre em contato pelo telefone: (22) 99836-7555 ou pelo email: jasmattos@hotmail.com. Visite também a página no Facebook: www.facebook.com/RefugioTresPicos
Três Picos – Nova Friburgo
Por Mario Nery
Três Picos é uma formação de
montanhas localizada na região de Salinas, em Nova Friburgo – RJ. O local
abriga um parque estadual, batizado de “Parque Estadual dos Três Picos” ou
“PETP” como iremos nos referir a ele aqui neste texto.
É bom avisar uma coisa: você vai
se apaixonar pelo lugar! Três Picos oferece inúmeras oportunidades de escaladas
e trilhas. Além disso, é possível acampar no PETP ou mesmo ficar em algum dos
refúgios que alugam espaços. Ficamos hospedados no Refúgio Três Picos (ou refúgio
do Zezinho), uma casa de alvenaria com dois andares e espaço para umas 15/20
pessoas. Nosso grupo tinha 10 pessoas e não tivemos problemas com o espaço, o
refúgio conta com camas e beliches no segundo andar, já no térreo ficam um
banheiro com água quente e outro com água fria, uma cozinha básica com fogão,
geladeira, mesa grande e pia – além de um fogão a lenha, sala, mais dois
quartos (de casal) e a lareira.
Uma característica legal do refúgio do
Zezinho, e que acontece também em outros pontos da região, é que ele produz uma
ótima cerveja artesanal Pale Ale! Tivemos a oportunidade de experimentar uma e
gostamos bastante. A produção do Zezinho ainda é pequena, porém você tem a
opção de experimentar a Cerveja Artesanal Três Picos, feita no Refúgio das
Águas pelo montanhista Sérgio Tartari – altamente recomendada, lá você vai
encontrar um número maior de tipos de cerveja (quando fomos: Pale Ale, Red Ale,
Weiss e Stout) além de uma pizza feita no forno à lenha.
Bem vamos voltar pro relato
esportivo da trip e deixar o relato etílico de lado. A nossa programação estava
separada em dois dias, seriam duas trilhas dentro do PETP: Cabeça do Dragão e a
Caixa de Fósforo (essa última recomendada por alguns amigos).
Nestes dias eu fiquei em
companhia de um grupo que sempre anda junto por aí, além de alguns novos
amigos. O grupo era: Elias Maio, Fábio Fliess, Letícia Fliess, Luan Gesteira,
Rafael Guerra, Lidiane Araújo, Renan Cavichi, Jeff Almeida e uma importação
mineira, Gisele Halfeld (más línguas dizem que a contribuição dela com pães de
queijo feitos na hora foi substancial...rsrsrs).
Galera em frente ao refúgio do Zezinho (ele está de blusa clara e
bermuda ao lado da pilastra). Foto: Elias Maio.
Brincadeiras a parte – e não
foram poucas – a sintonia do grupo funcionou muito bem como sempre. Chegamos na
noite de sexta após nos encontrarmos na estrada com o Renan e o Jeff que
estavam vindo de Caraguatatuba (SP). Uma parada estratégica no mercado para
abastecermos os carros com comida, outra parada no restaurante da Linguiça do
Padre pra comprarmos alguns petiscos, mais um pouco de estrada e logo depois
estávamos estacionando os carros no refúgio do Zezinho. A boa da noite foi o
mestre cuca Renan Cavichi fazendo um arroz de carreteiro pro jantar, momento
raro sem diálogos no refúgio, só ouvíamos os talheres e os “hummmmmmm”. É,
quando temos oportunidade nós comemos bem!
Três coisas não faltaram nesta trip: comida, cerveja e bom
humor – ponto comum quando esse pessoal anda junto e tem alguma estrutura no
lugar. Todos felizes com o jantar, hora de separar o material da mochila de
ataque e dormir, no dia seguinte a programação era a trilha do Cabeça de Dragão
com visita ao Refúgio do Sérgio Tartari no final do dia.
Buenas noches! E quem for dormir por último apaga a luz por
favor!
Dia 01 – Trilha até o Cabeça do Dragão – PETP
Destaques: vista do alto da Cabeça do Dragão
Nível: semi pesado a pesado – trechos com subidas bem
inclinadas e com exposição ao sol – principalmente o trecho entre o camping do
parque e o cume da Cabeça do Dragão.
Dica: leve água, só existe água perto da área de
camping, depois deste ponto (onde começa o toca pra cima) não tem fontes de
água.
Imagem do Google Earth mostrando o tracklog da trilha do Cabeça do
Dragão desde o Refúgio Três Picos até o cume.
A trilha não começa próximo do
abrigo onde estávamos, então pegamos os carros e fomos até uma casa que serve
de estacionamento e que fica próxima da estradinha que dá acesso ao Abrigo do
Mascarin – o último abrigo antes da entrada do parque (a entrada fica ao lado
do abrigo) – após este ponto a única opção é acampar no espaço do PETP, que
fica bem perto da base do Capacete (montanha arredondada ao lado dos Três
Picos), mas é um camping bem simples e rústico, com uma pia, um ou dois
banheiros e chuveiros com água fria. A estrada acaba na porteira ao lado do
Mascarin, deste ponto em diante o acesso para carros é proibido, e para chegar
até o Mascarin a estradinha nem sempre está em bom estado, por isso não
arriscamos a subida e deixamos os carros lá embaixo. Por acaso a estrada estava
melhor do que o normal, mas mesmo assim um ou dois trechos iriam exigir mais
habilidade do motorista para vencer os buracos, bem como um carro que suporte
isso. Então na dúvida deixe o carro no estacionamento debaixo e suba até o
Mascarin a pé.
Ao lado desta porteira do Mascarin fica a porteira que dá entrada no
parque, daqui pra frente só a pé.
A área é conhecida como Vale dos
Deuses, a explicação é simples, basta olhar em volta. A vista das montanhas é
incrível.
Logo depois da porteira o caminho
segue até chegar em outra porteira, que é parte de uma propriedade particular
que serve de acesso aos Três Picos e demais pontos do local. Fizemos uma parada
rápida para fotos com a vista dos Três Picos e as grandes araucárias do pasto e
depois seguimos subindo. O caminho é bem marcado, na verdade é uma estradinha
em alguns pontos. O caminho segue com o conjunto dos Três Picos/Capacete do seu
lado esquerdo sempre.
Na trilha pouco depois da região do pasto – Foto: Renan Cavichi
Após algum tempo você chega na
sede de montanhismo do parque, uma casinha que fica bem aos pés do Capacete,
seguindo a trilha logo após este ponto você chegará a uma bifurcação (em frente
ou para direita) a trilha do Cabeça de Dragão continua para direita – existe
uma placa de madeira indicando a direção. Logo após entrar nesta bifurcação
você encontra a área de camping do Parque Estadual dos Três Picos. A trilha
para o Cabeça de Dragão segue atrás da casinha que fica na área de camping,
atrás da casa, a direita dela.
Área de camping do Parque. Foto: Renan Cavichi
Agora é hora do toca pra cima
começar, daqui em diante é subir e subir e subir mais um pouco. O Cabeça de
Dragão tem 2082m de altitude. A trilha segue pela mata, bem definida e bem
inclinada também, até chegar em uma região de lages de pedra sem vegetação
alta, aqui você terá belas vistas dos Três Picos e Capacete, além de muito sol
na cabeça – e será assim até o cume.
Vista dos Três Picos da lage de pedra da trilha da Cabeça do Dragão
Deste ponto em diante basta
seguir pela crista subindo os trechos de rocha, alguns pontos da crista tem uma
leve exposição – nada realmente perigoso, mas que vale ser citado por que pode
incomodar os menos acostumados. A vista do cume é linda e recompensa o esforço
feito na crista, como vocês podem ver nas fotos abaixo.
Subindo a crista da Cabeça do Dragão. Foto: Fabio Fliess
Panorâmica da vista do cume da Cabeça do Dragão
A volta acontece pelo mesmo caminho que foi usado na subida.
Fim da nossa programação de
sábado, pelo menos da parte outdoor da programação. Agora era voltar, comer
alguma coisa e se preparar para ir até o refúgio do Sérgio Tartari para
experimentarmos a famosa Cerveja Artesanal Três Picos. Mas antes disso a
rapaziada resolveu lagartear um pouco pelo refúgio do Zezinho, beber umas
cervas e relaxar depois da trilha, tudo com acompanhamento do Luan no violão,
com a galera cantando Pearl Jam, bebendo uma cervejinha e petiscando a famosa
Linguiça do Padre com limão.
Roda de violão com o Luan tocando e a galera aproveitando pra relaxar
com petiscos e cerveja.
Ok, vencida a preguiça, fomos até o Refúgio da Águas do
Sérgio Tartari para experimentarmos a tão falada “Cerveja Artesanal Três Picos”,
afinal de contas além de montanha e fotografia essa galera também gosta de uma
boa cerveja.
Um brinde com o criador da cerveja é sempre especial, com Sérgio
Tartari. Foto: Elias Maio
E a Pale Ale e a Weiss produzida com a água de Três Picos
foi aprovada pelo pessoal e muitos levaram algumas garrafas pra casa. Bem como
a Red Ale e a Stout degustadas em outras oportunidades. É possível se hospedar
no refúgio e aproveitar as noites com pizza e cerveja artesanal gelada. Uma boa
dica para quem busca um local mais tranquilo e com um astral de montanha.
Voltamos para onde estávamos hospedados e fomos ao jantar.
Tivemos mais um jantar top de linha do Chef Renan, desta vez lentilhada – tinha
lentilha pra um batalhão inteiro – mas nossa pequena unidade de montanhistas
esfomeados fez um bom estrago nas provisões no jantar...rsrs
Arroz de Carreteiro, essa foi uma foto da primeira noite, um dos raros
momentos onde o silêncio imperava neste refúgio. Foto: Elias Maio
Uma noite em frente da lareira do abrigo, com violão,
algumas bebidas e muitas risadas… Então chegou a hora de cairmos nas camas e
nos preparar para acordar cedo no domingo para a trilha até a Caixa de Fósforo.
Dia 02 – Chuva e nada de trilha…
Pra nossa falta de sorte o dia seguinte amanheceu com muita
neblina, céu fechado e sinais de chuva durante a noite. Resumindo, nossa ida
até a Caixa de Fósforo virou cinzas de vez quando a chuva caiu de manhã… Nos
restou ficar mais um tempo batendo papo, curtindo o clima e a névoa que baixou
no quintal.
Com certeza voltaremos até Três Picos para aproveitar
algumas outras trilhas!
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Mario Nery é trekker, montanhista e mochileiro, pratica
esportes outdoor desde 1990. Apaixonado por equipamentos, fotografia, cerveja e
tecnologia. Formado em TI, atualmente trabalha na área mídias sociais/marketing
digital. Siga o Trekking Brasil no Twitter: @trekking
Fonte: www.trekkingbrasil.com
Um comentário:
Adoraria ir na próxima! Sheilaquintaneito@gmail.com
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