Os países devem criar tribunais ambientais para impedir que
a corrupção comprometa as metas do desenvolvimento sustentável, afirma o
presidente do Instituto de Recursos Mundiais, Manish Bapna.
De acordo com Bapna, que está em Brasília para 15.ª
Conferência Internacional Anticorrupção, as tecnologias existentes permitem ter
informações sobre desmatamento de florestas ou degradação de recifes de corais
no mundo, mas a criação de cortes é fundamental para que as irregularidades
sejam julgadas. Quarenta e quatro países já têm esse tipo de tribunal.
"Transparência não é suficiente. Parte da solução é
criar informações e disponibilizá-las, mas é preciso também criar espaços em
que as pessoas possam recorrer e fazer denúncias", argumenta.
Bapna ressalta a importância da transparência para uma maior
controle social. Lembra que, há 15 anos, o instituto lançou projeto em que
imagens de florestas que estavam em processo de concessão foram
disponibilizadas ao público. Segundo ele, várias organizações ambientais e movimentos
sociais passaram a monitorar as áreas, por meio da internet.
Para o diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi
Naidoo, a sociedade deve participar das decisões para garantir que atos de
corrupção não impactem ainda mais os ecossistemas. "Qualquer auditoria
sobre o que ocorreu com nossas florestas, oceanos e combustíveis fósseis
indicaria que o grande culpado é a corrupção e a ausência de transparência nos
governos", diz.
Fonte: http://invertia.terra.com.br/sustentabilidade/noticias/0,,OI6289117-EI10411,00-Proposta+a+criacao+de+tribunal+ambiental.html
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