domingo, 13 de abril de 2014

Biólogo lamenta baixa mobilização pelo meio ambiente no Rio

Numa luta quase solitária contra a poluição na Baía de Guanabara, o biólogo Mário Moscatelli esteve neste sábado (12), na Marina da Glória, manifestando sua indignação contra a poluição no local. O biólogo é coordenador do Projeto Olho Verde, que monitora regiões poluídas do estado. Com um megafone, ele falava aos que estavam nos barcos do Rio Boat Show, evento realizado no local, sobre o nível de sujeira do lugar. Apesar de convocar a sociedade pelas redes sociais, só amigos e representantes de uma associação de moradores apareceram. “Eu sei que pode não adiantar, mas vou continuar fazendo a minha parte, protestando.”

Só queremos que a lei seja cumprida, porque a lei já existe. Onde está o judiciário?

Ambientalista monitora a poluição no Rio de Janeiro há mais de dez anos

“A sociedade não se mobiliza por este que é um dos maiores crimes ambientais que está acontecendo. Nós só queremos que a lei seja cumprida, porque a lei já existe. Onde está o judiciário?”, reclama o ambientalista. “É falta de quem não presta o serviço e de quem não fiscaliza”, completa.

O biólogo não vê que tipo de legado as Olimpíadas vão deixar, se um dos maiores planos, que é o da despoluição da Baía de Guanabara, não funciona. “A Estação de Tratamento de São Gonçalo, nunca funcionou e a Estação da Alegria funciona pela metade". "A prefeitura coloca barcos para recolher o lixo da Baía, em vez de tratar a água.” Segundo ele, com a ajuda da Estação de São Gonçalo, poderia melhorar cerca de 30% o problema.


O  Programa de Saneamento Ambiental (Psam) prevê a aplicação de cerca de R$ 1,3 bilhão até 2016 em obras de esgotamento sanitário e em projetos de saneamento, nos 15 municípios do entorno da Baía de Guanabara. Para Moscatelli, ele pode solucionar alguns problemas, se for feito de forma rigorosa “Esse plano é para completar o Plano de Despoluição da Baía de Guanabara, que não foi para frente. Do que vale ficar fazendo empréstimo atrás de empréstimo para investimentos que não saem do papel?", questiona.
Fonte: Jornal do Brasil

Nenhum comentário: