Vida urbana e fadiga mental, uma dupla quase inseparável,
certo? Mas um passeio no parque pode dar um jeito rápido nesse problema. O
efeito do relaxamento foi comprovado por um estudo feito por pesquisadores da
Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos.
Ao analisar os dados de uma pesquisa sobre a saúde e bem
estar da população local, os cientistas observaram que os “altos níveis de
espaços verdes foram associados com sintomas mais baixos de ansiedade,
depressão e estresse”.
O estudo, publicado recentemente no Jornal Internacional de
Pesquisa Ambiental e Saúde Pública, combina dados de saúde mental com dados de
satélite que analisaram como a vegetação estava presente em cada um dos blocos
do censo.
Eles descobriram que, em todos os estratos da sociedade, as
pessoas que viviam em um bairro com menos de 10 por cento de áreas arborizadas
eram muito mais propensas a relatar sintomas de depressão, estresse e
ansiedade.
“Assim, uma pessoa pobre que vive em uma estrada próxima a
uma floresta nacional é mais propícia a se sentir feliz do que uma pessoa mais
rica vivendo em um lugar totalmente cinza”, diz um trecho do estudo.
O doutor Kristen Malecki, professor assistente de ciências
da saúde da Escola de Medicina e Saúde Pública da Universidade, observa que o
estudo dá credibilidade à “teoria da restauração atenção”, que afirma que mais
tempo na natureza restaura a capacidade de concentração e reduz a fadiga
mental.
A explicação é simples. Cansado de ter que ficar
constantemente alerta e consciente aos estímulos do da correria do dia a dia, o
cérebro humano se recupera (e põe as ideias em ordem) ao percorrer um caminho
repleto de árvores e estímulos naturais.
Dentro dessa lógica, até mesmo visualizar espaços verdes da
janela do escritório pode ser reconfortante.
Fonte: Exame.com
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