A Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) 2013
divulgada hoje (30), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) constatou que 90,0% dos municípios brasileiros dispunham de algum órgão
para tratar do meio ambiente em 2013,
representando um aumento de 5,5 pontos percentuais em relação a 2009,
período em que 84,5% das cidades dispunham de órgãos ambientais. Em relação a
2002, o índice foi 67,8% dos municípios com órgãos voltados exclusivamente para
questões ambientais, no entanto, este crescimento chega 22,2 pontos
percentuais.
Os percentuais mais elevados estão nas regiões Norte (98,%),
Sul (95,%) e Centro-Oeste (92,3%); seguidos pelo Sudeste, onde 89% das cidades
têm em 2013, órgãos para tratar do meio ambiente, e Nordeste (85,2%).
A pesquisa constatou, ainda, que em apenas três estados
todos os municípios tinham em 2013 estrutura na área ambiental: Acre, com 22 municípios; Amapá,com 16 e
Espírito Santo, com 78.
Em termos relativos, a existência de estrutura
administrativa na área de meio ambiente cresce à medida que se avança os
municípios menos populosos: 82,3% com até 5 mil habitantes têm órgãos voltados
para o meio ambiente, percentual que sobe para 97,4% entre aqueles com mais de
500 mil habitantes.
Quando a questão envolve municípios com iniciativas voltadas
para a área ambiental, no entanto, a pesquisa do IBGE constatou que apenas 41%
das cidades desenvolviam, em 2013, alguma iniciativa na área de consumo
sustentável - como campanha, legislação ou parceira. A maior presença
verifica-se nas regiões Sudeste (46% das cidades) e Sul (44,5%). Entre as
cidades, destacam-se São Paulo, onde 63,1% das cidades tinham iniciativa
voltadas para o desenvolvimento sustentável; e Ceará, com 58,7%. Na outra
ponta, os menores percentuais foram verificados no Piauí (21%) e na Paraíba
(24,2%).
Segundo o IBGE, o percentual de municípios que estão
implementando iniciativas na área de consumo sustentável vem aumentando na
medida em avança para maiores classes de tamanho da população a partir da faixa
de 5 a 10 mil habitantes (31,8%), chegando a 76,9% nos municípios com mais de
500 mil habitantes.
Outra constatação da pesquisa é a de que 21,5% dos
municípios em 2013, haviam iniciado o processo de elaboração da Agenda 21, “que visa à elaboração de um programa de ação
estratégico dirigido ao desenvolvimento sustentável local por meio de políticas
públicas”.
A Munic traz os principais dados relativos à gestão e à
estrutura dos municípios brasileiros a partir da coleta de informações sobre
sete temas: perfil dos gestores municipais, recursos humanos, legislação e
instrumentos de planejamento, saúde, meio ambiente, política de gênero e gestão de risco, e resposta a desastres.
Fonte: Agência Brasil
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