No dia 31 de janeiro de 2010 foi realizada a 16ª visita técnica do Projeto Diagnóstico de Campo Turístico-Ambiental de Nova Friburgo (DCTA-NF), realização do Centro de Estudos e Conservação da Natureza (CECNA) e Equipe de Turismo Receptivo de Nova Friburgo (ETR) com o apoio da Universidade Livre da Floresta Atlântica (UNIFLORA) e da Agenda 21 Local de Nova Friburgo. O trajeto percorrido, de 7 Km de extensão, foi entre a localidade de Theodoro de Oliveira e Macaé de Cima.
Mapa 1: Localização de Nova Friburgo.
Mapa 2: Localização do percurso.
Mapa 3: Cobertura vegetal.
Mapa 4: Detalhes do trajeto (clique na imagem para ampliar).
Outra observação importante é que esse percurso, excepcionalmente e devido a circunstâncias do momento, abrangeu um trecho da bacia do rio Bengalas, ou seja, uma bacia hidrográfica diferente da bacia do rio Macaé que está sendo estudada atualmente.
Outro aspecto importante desse percurso é que a primeira metade dele percorre o interior do Parque Estadual dos Três Picos, unidade de conservação (UC) da natureza do grupo de proteção integral administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente, INEA. A segunda metade está inserida em uma área onde há sobreposição entre duas Áreas de Proteção Ambiental (APA’s), uma municipal e outra estadual, ambas tendo a mesma denominação: Macaé de Cima. No entanto, apesar de todos esses instrumentos legais de proteção, não há nenhuma estrutura (como sedes, sinalização e pessoal) dessas três UC’s em toda a área, o que faz com que a natureza local esteja protegida apenas “no papel”, pois na prática não há praticamente nenhuma garantia de que aqueles que cometam crimes ambientais como caça, desmatamento, poluição, etc, sejam devidamente punidos, além de não haver apoio para o desenvolvimento do ecoturismo na região, o que poderia se tornar aliado da proteção se bem planejado e coordenado.
Em relação à paisagem observada, a floresta secundária em estágios avançados de regeneração cobre predominantemente os vales profundamente encaixados e morros e montanhas que compõem esse trecho da vertente continental da Serra do Mar. Apenas algumas pastagens se fazem presentes na segunda metade do trajeto e praticamente não há cultivos, com exceção talvez de um ou outro pequeno bananal.
Quanto ao meio físico, o relevo com altas declividades possibilitou uma maior conservação da cobertura vegetal devido às dificuldades que o mesmo impõe ao uso e ocupação intensivos do solo. Ao contrário de muitas outras regiões no domínio da Mata Atlântica, como os Mares de Morros nas proximidades do rio Paraíba do Sul, a região de Macaé de Cima não apresenta graves problemas de erosão e perda de solo. Consequentemente, devido a essas circunstâncias, as águas da região são de excelente qualidade. Um dos principais rios do estado, o Macaé, cuja bacia hidrográfica é o objeto de estudo da primeira fase do presente diagnóstico, nasce em Macaé de Cima, e é responsável pelo abastecimento hídrico de milhares de pessoas no municípios de Nova Friburgo, Casimiro de Abreu e Macaé, sendo neste último, importante também para a indústria petrolífera.
Esse percurso possui outra característica relevante: o mesmo é utilizado pelos moradores de Macaé de Cima quando não há meio de transporte disponível para levá-los até a cidade (Nova Friburgo) ou então quando eventualmente a estrada de acesso é fechada por deslizamentos de terra, o que impede a passagem de veículos pela mesma.
A região de Macaé de Cima também é famosa no meio acadêmico, inclusive internacional, devido a inúmeras pesquisas científicas desenvolvidas nas últimas décadas sobre a fauna e flora locais. Destacam-se, entre outras, as pesquisas efetuadas pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que descobriram várias espécies endêmicas e ameaçadas de extinção e que indicam ser a região umas das de maior biodiversidade de todo o bioma da Floresta Atlântica. Destacam-se também as pesquisas sobre anfíbios, bromélias e orquídeas realizadas por outras instituições e pesquisadores independentes.
Foto 1: visão da região de Theodoro de Oliveira.
Mapa 3: Cobertura vegetal.
Mapa 4: Detalhes do trajeto (clique na imagem para ampliar).
Como pode ser visto no Mapa 2, a região percorrida é uma das mais conservadas do município e uma das mais do estado do RJ. A primeira visita técnica do presente diagnóstico também teve como destino a localidade de Macaé de Cima e lá já foram observadas e, no respectivo relatório, relatadas algumas das características mais relevantes referentes à paisagem da região. No entanto, dessa vez grande parte do percurso se deu por trilha e não por estrada. Nessas condições, pode-se ter uma idéia melhor da qualidade da vegetação devido à menor distância que separa o observador do objeto observado.
Outra observação importante é que esse percurso, excepcionalmente e devido a circunstâncias do momento, abrangeu um trecho da bacia do rio Bengalas, ou seja, uma bacia hidrográfica diferente da bacia do rio Macaé que está sendo estudada atualmente.
Outro aspecto importante desse percurso é que a primeira metade dele percorre o interior do Parque Estadual dos Três Picos, unidade de conservação (UC) da natureza do grupo de proteção integral administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente, INEA. A segunda metade está inserida em uma área onde há sobreposição entre duas Áreas de Proteção Ambiental (APA’s), uma municipal e outra estadual, ambas tendo a mesma denominação: Macaé de Cima. No entanto, apesar de todos esses instrumentos legais de proteção, não há nenhuma estrutura (como sedes, sinalização e pessoal) dessas três UC’s em toda a área, o que faz com que a natureza local esteja protegida apenas “no papel”, pois na prática não há praticamente nenhuma garantia de que aqueles que cometam crimes ambientais como caça, desmatamento, poluição, etc, sejam devidamente punidos, além de não haver apoio para o desenvolvimento do ecoturismo na região, o que poderia se tornar aliado da proteção se bem planejado e coordenado.
Em relação à paisagem observada, a floresta secundária em estágios avançados de regeneração cobre predominantemente os vales profundamente encaixados e morros e montanhas que compõem esse trecho da vertente continental da Serra do Mar. Apenas algumas pastagens se fazem presentes na segunda metade do trajeto e praticamente não há cultivos, com exceção talvez de um ou outro pequeno bananal.
Quanto ao meio físico, o relevo com altas declividades possibilitou uma maior conservação da cobertura vegetal devido às dificuldades que o mesmo impõe ao uso e ocupação intensivos do solo. Ao contrário de muitas outras regiões no domínio da Mata Atlântica, como os Mares de Morros nas proximidades do rio Paraíba do Sul, a região de Macaé de Cima não apresenta graves problemas de erosão e perda de solo. Consequentemente, devido a essas circunstâncias, as águas da região são de excelente qualidade. Um dos principais rios do estado, o Macaé, cuja bacia hidrográfica é o objeto de estudo da primeira fase do presente diagnóstico, nasce em Macaé de Cima, e é responsável pelo abastecimento hídrico de milhares de pessoas no municípios de Nova Friburgo, Casimiro de Abreu e Macaé, sendo neste último, importante também para a indústria petrolífera.
Esse percurso possui outra característica relevante: o mesmo é utilizado pelos moradores de Macaé de Cima quando não há meio de transporte disponível para levá-los até a cidade (Nova Friburgo) ou então quando eventualmente a estrada de acesso é fechada por deslizamentos de terra, o que impede a passagem de veículos pela mesma.
A região de Macaé de Cima também é famosa no meio acadêmico, inclusive internacional, devido a inúmeras pesquisas científicas desenvolvidas nas últimas décadas sobre a fauna e flora locais. Destacam-se, entre outras, as pesquisas efetuadas pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que descobriram várias espécies endêmicas e ameaçadas de extinção e que indicam ser a região umas das de maior biodiversidade de todo o bioma da Floresta Atlântica. Destacam-se também as pesquisas sobre anfíbios, bromélias e orquídeas realizadas por outras instituições e pesquisadores independentes.
Foto 1: visão da região de Theodoro de Oliveira.
Foto 2: início da trilha, com a única placa de sinalização do percurso, do Parque Estadual dos Três Picos.
Foto 3: curso d’água propício ao banho. Esse trecho do percurso está localizado na bacia hidrográfica do rio Bengalas.
Foto 4: aspecto da vegetação local. Grandes indivíduos arbóreos indicam um estágio avançado de regeneração natural.
Foto 5: esse trecho já se encontra na bacia do rio Macaé. Logo no início destaca-se uma propriedade na qual há um trutário abandonado, o qual represou alguns pontos do curso d’água local.
2 comentários:
O turismo sustentável deve ser incentivado. A natureza é diversão, prazer, amor, bela... E o que é belo tem que ser mostrado visitado, mas respeitado. Por isso este trabalho do diagnóstico turístico ambiental, está de parabéns, a integração ambiental, social e econômico, estão sustentáveis...
O caminho é verde....
Maravilhoso amei, deveria ser atualizado, ctz me disponibilizaria a ajudar
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