14 / 05 / 2010
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) lançou na quinta-feira (13), em Nova York, um apelo à comunidade internacional para incentivar o desenvolvimento do turismo sustentável. Só o setor do turismo é responsável por cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) global, além de aproximadamente 10% dos investimentos mundiais anuais em curso inclusive em metade dos países em desenvolvimento.
De acordo com especialistas das Nações Unidas, o turismo tem o chamado efeito multiplicador e pode servir como peça-chave na transição para uma economia denominada "verde". O objetivo do programa é identificar e divulgar iniciativas bem-sucedidas e que podem ser adotadas em diferentes países. Também há intenções de apoiar essas medidas.
"O objetivo é transformar em uma espécie de réplica a ser copiada [de ações relativas ao] turismo [verde] que opera via políticas sustentáveis, projetos e investimentos", disse o subsecretário-geral das Nações Unidas e diretor-executivo da Programa Ambiental das Nações Unidas (Unpe), Achim Steiner.
Steiner afirmou ainda que "os impactos do turismo malgerido podem ser profundos pois podem prejudicar e até mesmo destruir os atrativos naturais e culturais que os turistas vêm para experimentar".
Segundo o representante das Nações Unidas, bem-geridas as empresas podem desempenhar um papel fundamental na assistência aos países para a baixa produção do teor de carbono, um recurso considerado eficiente para o estabelecimento da economia verde neste século.
Já está em curso uma Força Tarefa Internacional sobre o Desenvolvimento Sustentável do Turismo, liderada pela França. A iniciativa desenvolveu uma série de recomendações para orientar os governos, as instituições financeiras e as empresas de turismo. Nas recomendações, há sugestões de modelos de negócios a serem adotados nos quais a preservação da natureza, da cultura e da sociedade é colocada como prioridade.
O grupo também desenvolveu um estudo estabelecendo orientações globais para as empresas de turismo informando sobre um elenco com 4,5 mil melhores práticas no setor industrial em vários países. As recomendações envolvem alternativas de política, mas analisam também as alterações climáticas, o ambiente e a biodiversidade, possibilidades de redução da pobreza, questões culturais, além de financiamentos e investimentos.
Fonte:Renata Giraldi / Agência Brasil
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