14 / 09 / 2010
Pesquisa divulgada nesta segunda-feira (13), durante o Fórum Global de Sustentabilidade no Supply Chain, no Rio de Janeiro, mostra que na matriz de transporte brasileira o modal rodoviário responde pela maior quantidade de carga movimentada (62,7%) e também lidera o ranking de emissões de gás carbônico (CO2) na atmosfera (87,6%).
De acordo com a pesquisa, realizada pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Instituto Ilos), se a matriz de transportes nacional fosse mais limpa, o país poderia diminuir de forma significativa as emissões de (CO2).
Se o Brasil conseguisse reduzir a participação das rodovias na matriz de transporte e elevasse a cabotagem, que hoje é de apenas 9,9%, como ocorre na Europa, por exemplo, as emissões poderiam diminuir em até 25%.
O mesmo ocorre em relação à China, em que a metade da matriz de transportes é cabotagem. Nesse caso, o Brasil poderia reduzir as emissões de (CO2) em até 65%.
Segundo a coordenadora de Inteligência de Mercado do Instituto Ilos, Mônica Barros, responsável pelo estudo, existe um potencial enorme no Brasil para reduzir as emissões, se ele adotar meios de transporte menos poluentes. "Qualquer dos modais, seja cabotagem, hidrovia ou até mesmo a ferrovia, você tem emissões significativamente menores do que a rodovia", afirmou.
A maioria das 109 principais empresas brasileiras consultadas (53%) afirmou que boa parte das ações de sustentabilidade ambiental implementadas na logística não tive retorno financeiro.
Mônica lembrou que existe um tripé na questão da sustentabilidade, formado por um pilar econômico – " foco principal das empresas é ter lucro", pela responsabilidade social e o pilar ambiental. "Teoricamente, você deveria tentar caminhar nessas três direções juntas, para ter uma sustentabilidade mais aderente". Custos mais elevados inibem ações sustentáveis, avaliou. "Quando você pode casar sustentabilidade ambiental com o pilar econômico, com redução de custos, é o que todo mundo quer".
Muitas empresas apresentam atitudes voluntárias e sustentáveis que resultam em redução de custos e melhoria de marca, porque lhes interessa serem vistas no mercado como empresas "verdes", constatou a pesquisa. "Isso está fazendo com que as empresas de uma forma ou de outra se mexam nessa direção."
Fonte: Alana Gandra/ Agência Brasil
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