A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e
Agricultura (FAO) salientou nesta segunda (23) o importante papel das florestas
na redução da pobreza e na promoção do desenvolvimento, apelando aos governos
que apostem em políticas que potenciem estas contribuições.
Em relatório apresentado em Roma, por ocasião da 22ª Sessão
do Comitê da FAO para as Florestas, a organização internacional defendeu que os
países devem apostar em políticas destinadas a manter e a potencializar as
contribuições das florestas para os meios de subsistência, a alimentação, a
saúde e a energia. Para isso, a FAO defende que os países devem colocar “as
pessoas no centro das políticas florestais”.
O documento, intitulado O Estado das Florestas do Mundo
(Sofo, da sigla em itálico), salienta que “uma parte significativa da população
mundial depende, muitas vezes em grande medida, dos produtos florestais para
satisfazer as suas necessidades básicas de energia, habitação e alguns aspectos
de cuidados de saúde primários”.
"Esta edição do Sofo incide sobre os benefícios
socioeconômicos provenientes das florestas. É impressionante ver como as
florestas contribuem para as necessidades básicas e os meios de vida rurais. As
florestas também sequestram carbono e preservam a biodiversidade", afirmou
o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, citado na mesma nota
informativa.
No entanto, o relatório concluiu que, em muitos casos, estes
benefícios socioeconômicos, que passam pela redução da pobreza, pelo
desenvolvimento rural e pela criação de economias mais verdes, “não são
abordados de forma adequada pelas políticas florestais”.
O documento alerta igualmente que o papel das florestas para
a segurança alimentar, considerado pela FAO como “essencial”, também é
frequentemente esquecido.
"Deixem-me dizer isto claramente: não podemos garantir
a segurança alimentar ou o desenvolvimento sustentável sem a preservação e a
utilização responsável dos recursos florestais", reforçou José Graziano da
Silva.
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