segunda-feira, 19 de outubro de 2009

13ª visita técnica do Diagnóstico de Campo Turístico-Ambiental de Nova Friburgo, RJ: Boa Esperança de Cima – Alto Macabu

No dia 20 de setembro de 2009 foi realizada a 13ª visita técnica do Projeto Diagnóstico de Campo Turístico-Ambiental de Nova Friburgo (DCTA-NF), realização do Centro de Estudos e Conservação da Natureza (CECNA) e Equipe de Turismo Receptivo de Nova Friburgo (ETR) com o apoio da Universidade Livre da Floresta Atlântica (UNIFLORA) e da Agenda 21 Local de Nova Friburgo. O trajeto percorrido, de 5,8 Km de extensão, foi entre a localidade de Boa Esperança de Cima e o local conhecido como Alto Macabu, no limite entre os municípios de Nova Friburgo e Trajano de Moraes.
 
Mapa 1: Localização do município de Nova Friburgo, RJ.
 

Mapa 2: trajeto percorrido.
 


   Mapa 3: Cobertura vegetal de Nova Friburgo.


Mapa 4: Detalhes do trajeto (clique na imagem para ampliar).

Esse foi um percurso curto realizado pela equipe do PDCTA-NF no qual predominou as características da microbacia hidrográfica do rio Boa Esperança, afluente do rio Macaé, já descritas nas duas visitas técnicas anteriores. Desta vez não houve passagem por trilhas, apenas estradas de terra batida. Foi observada grande diversidade de usos do solo, como pastagens, eucaliptais, alguns cultivos agrícolas e vegetação nativa secundária em diferentes estágios de regeneração. Matas de grande porte somente em alguns trechos mais íngremes dos morros e escarpas que circundam a região. Em alguns pontos pôde-se constatar que a expansão imobiliária está crescendo e pode se tornar um problema grave no futuro caso não seja controlada a densidade dos imóveis, o parcelamento dos lotes e tomadas medidas necessárias para o saneamento. O córrego São José, afluente do rio Boa Esperança, que drena a região percorrida, ainda encontra-se com água de boa qualidade. Em relação aos atrativos turísticos, o destaque fica por conta da cachoeira São José, no Km 1, que no dia do campo recebia um grande número de visitantes de vários lugares do estado, como se pôde verificar pelas placas dos carros estacionados próximosao local. No fim do percurso, chega-se ao divisor de águas entre o córrego São José e o rio Macabu, este compondo outra bacia diferente da do rio Macaé e inserido no município de Trajano de Moraes, um dos municípios limítrofes à Nova Friburgo.

Foto 1: pequena aglomeração urbana no início do percurso, um bananal em primeiro plano e no canto superior direito uma grande saibreira.

Foto 2: dois trechos nos quais foi utilizado fogo para limpeza do terreno. Prática que constitui crime ambiental por utilização de fogo em área de preservação permanente (por ser muito inclinada) para retirada de vegetação nativa de Mata Atlântica.

Foto 3: Entrada para a cachoeira São José.

Foto 4: uma cena no mínimo curiosa: uma piscina, do lado do córrego (o que também não é permitido por lei), sendo que o atrativo do local é justamente a possibilidade de contato com a natureza através do banho de rio e de cachoeira.

Foto 5: o córrego São José.

Foto 6: a belíssima cachoeira São José, que nessa época encontra-se com um baixo volume d'água. No verão, segundo relato de um morador local, o véu d'água dobra de tamanho.

Foto 7: visão que se obtém acima da cachoeira.

Foto 8: área que se encontra bastante antropizada, com alguns fragmentos de vegetação nativa apenas.

Foto 9: visão da estrada.

Foto 10: fragmento de vegetação nativa, em estágio médio a avançado de regeneração, por algum motivo conservado em meio a uma área de pastagem.

Foto 11: vista do Mirante do Km 3,9.

Foto 12: vista de manchas de floresta nos topos dos morros e áreas bastante íngremes (escarpas). São essas manchas que garantem a perenidade das nascentes, daí sua importância para a natureza da região e seus moradores.

Foto 13: vista da bacia do rio Macabu, já na outra vertente, no município de Trajano de Moraes.

Foto 14: o fim do percurso se dá em um portão de fundos de uma grande fazenda, que provavelmente tem sua entrada principal por outro acesso a partir de Boa Esperança de Cima. Nesse local avista-se um grande jequitibá-rosa ao fundo, que não está identificável nessa foto.

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