03.11.09
Uma década depois do começo do primeiro projeto de sequestro de carbono do Brasil, organizado pela SPVS (Sociedade para a Proteção da Vida Selvagem), instalado no litoral norte do Paraná, os 1.500 hectares que eram pasto viraram densa vegetação.
Mesmo jovem, a mata já apresenta árvores, como a guaricica, típica da mata atlântica, com cerca de dez metros de altura. Tatus, queixadas (uma espécie de porco-do-mato), veados e pássaros aproveitam a nova vegetação para estender seus habitats para dentro da floresta regenerada.
No passado, sem obstáculos pela frente, era possível ver no horizonte a cadeia de montanhas que forma a Serra do Mar, fronteira natural entre a costa do Paraná e as regiões de planalto do Estado.
A vegetação formada na copa das árvores já é capaz de controlar a entrada da luz do sol até o chão. Com a ajuda do solo úmido, resultado das últimas chuvas, o calor não é tão forte.
Todos os 18 mil hectares são cortados por 270 quilômetros de trilhas, por onde circulam guardas e especialistas que verificam a presença de animais e o desenvolvimento da floresta.
Com a vegetação predominante, onças-pardas - que, no passado, só eram vistas próximo as montanhas da Serra do Mar - passaram a ser notadas com mais frequência circulando próximo aos alojamentos das áreas regeneradas.
Uma estimativa extraoficial feita em só uma parte do local diz que existem pelo menos sete espécies adultas circulando.
O guarda-parque João Pontes conta que, ao fazer uma ronda de rotina perto de um riacho, deu de cara com uma onça-parda adulta. Pontes relata que, com medo, tentou espantá-la com gritos e fazendo gestos agressivos com as mãos, sem sucesso.
"O bicho só saiu correndo depois que eu imitei um cachorro", afirma o funcionário, para riso dos demais companheiros de trabalho.
Fonte: WWW.ambientebrasil.com.br
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